Atitude Criativa
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ATITUDE
CRIATIVA
O designer tem foco em descobrir o modelo de negócio para lançar um produto inovador através de inovação, relações e gestão. O princípio da inovação determina a base interna/externa de tecnologia com o mercado. As relações de um design acarreta descobrir coisas novas, não exploradas ou conseguir a funcionalidade. Não obstante, a gestão consiste alargar fronteiras de pensamento, gerar novas ações e criar valor para os utilizadores. Contudo, exige capacidade de imaginar “aquilo que não existe” para o sucesso de criação em modelo de negócios com atitude criativa.

Mude a perspetiva
Observar através dos olhos dos clientes pode revelar oportunidades totalmente novas. No entanto, isso não significa que o pensamento do cliente seja o único ponto de partida para a inovação, mas sim um dos principais pontos de avaliação e início do processo. Para alcançar o sucesso, é fundamental compreender profundamente os clientes, incluindo o seu contexto, rotinas diárias, preocupações e aspirações. Atualmente, a visão sobre a experiência de um serviço ou produto incorpora a proposta de valor da Inteligência Artificial no mercado.
O verdadeiro desafio está em compreender os clientes a partir do design do negócio, de modo a criar produtos e serviços novos e melhores. Desenvolver uma compreensão mais profunda dos clientes vai além de simplesmente perguntar o que eles desejam; trata-se de identificar em quais clientes devemos confiar e quais podemos ignorar. Os segmentos de crescimento futuro encontram-se muitas vezes na periferia dos atuais “negócios rentáveis”, e são os próprios clientes existentes que demonstram interesse por novas soluções ou por necessidades ainda não satisfeitas.
A utilização do mapa de empatia é uma ferramenta valiosa para criar perfis de clientes simples, permitindo ir além das características demográficas. Esta abordagem aprofunda a compreensão do ambiente e das aspirações dos clientes , ajudando a perceber melhor o que eles realmente estão dispostos a adquirir.

Epicentros da inovação
A inovação nas organizações pode ser impulsionada a partir de quatro epicentros principais: receitas, oferta, clientes e finanças. Cada um desses focos promove transformações significativas no negócio e exerce um impacto relevante quando analisado sob a ótica da matriz SWOT, permitindo investigar pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.
A pergunta “E se…?” é fundamental para romper com o status quo que frequentemente limita nossa imaginação. Essa provocação nos liberta das restrições tradicionais do negócio, estimulando-nos a desafiar suposições e a explorar novas possibilidades. Muitas vezes, essas hipóteses parecem ousadas ou até sem resposta imediata, mas podem se concretizar com o desenvolvimento de um novo modelo de negócio.
O processo de geração de ideias (ideação) pode assumir diversas formas, funcionando como uma abordagem para criar múltiplas opções inovadoras. A composição de uma equipa multidisciplinar é essencial para aprofundar o conhecimento dos clientes e agregar diferentes especialidades. A fase de imersão envolve o estudo aprofundado do cliente atual ou potencial, buscando compreender suas necessidades e expectativas para o novo negócio.
Na etapa de expansão, o objetivo é gerar o maior número possível de ideias, priorizando a quantidade. Posteriormente, a seleção de critérios permite filtrar e identificar soluções mais adequadas ao contexto do negócio, considerando fatores como tempo, receita, resistência e vantagem competitiva. Por fim, a elaboração de protótipos, a partir das três a cinco melhores inovações identificadas, torna-se crucial para validar e aprimorar o modelo de negócio. Assim, o processo criativo deve envolver uma equipa composta por membros de diferentes áreas da organização, promovendo a colaboração para desenvolver um modelo de negócio alinhado ao planeamento estratégico e à investigação e desenvolvimento (I&D).

Pensamento Visual
No ambiente dinâmico do fluxo de informações, é essencial contar com ferramentas que facilitem a compreensão e a clarificação de problemas, desde a estratégia empresarial até a implementação operacional. Entender como a informação circula em uma empresa global permite identificar relações entre elementos fundamentais, preencher lacunas e construir uma lógica compartilhada para enfrentar múltiplas questões.
Um erro frequente ocorre quando se tenta criar um desenho representativo antes de compreender completamente o problema. Esboços simples, mesmo que rudimentares, ajudam as pessoas a descrever, discutir e entender questões naturalmente complexas. Uma imagem clara enquadra as informações, mostrando quem faz o quê e evidenciando o valor do pensamento visual.
Pensamento visual refere-se ao uso de ferramentas como desenhos, esquemas, diagramas e notas adesivas para construir e debater significados. Trata-se de um sistema em que cada elemento influencia o outro, ganhando sentido apenas no contexto do todo. Isso torna os modelos tangíveis e permite discussões mais objetivas e claras sobre possíveis alterações. Assim, as técnicas visuais dão vida aos negócios, facilitam a criação colaborativa e transformam modelos em objetos concretos, servindo como âncoras conceptuais para as discussões. Essa abordagem é crucial, pois desloca o debate do campo abstrato para o concreto, elevando a qualidade das conversas. O objetivo é representar visualmente as lacunas, facilitar discussões, explorar opções e permitir ajustes de forma clara e eficiente.
O uso do pensamento visual esclarece mensagens presentes em relatórios e planos, mas é no processo estratégico que seu valor se destaca. Ele aprimora a pesquisa estratégica ao transformar o abstrato em concreto, iluminar relações entre elementos e simplificar o que é complexo. Dessa forma, contribui para definir, discutir e modificar o negócio, promovendo compreensão, diálogo, exploração e comunicação efetiva.
Conclusão
Negócios inovadores são motores fundamentais para a transformação social, económica e ambiental. Ao longo do texto, ficou claro que inovar vai muito além de criar produtos ou serviços diferentes; trata-se de desenvolver modelos de negócio que desafiam o status quo, respondem a necessidades emergentes e criam valor sustentável para empresas, clientes e sociedade. O caminho da inovação exige coragem para aprender com os erros, reconhecendo-os como oportunidades de crescimento e aprimoramento. Admitir falhas, assumir responsabilidades e buscar soluções são atitudes essenciais para quem deseja inovar com impacto real. Além disso, é necessário resistir à pressão dos padrões sociais, cultivando o pensamento independente e a disposição para correr riscos e desafiar práticas estabelecidas. Outro ponto crucial é o desenvolvimento do pensamento claro e do bom julgamento. Negócios inovadores prosperam quando seus líderes conseguem alinhar suas ações com uma compreensão profunda do mundo e implementam sistemas e hábitos que favorecem decisões conscientes e responsáveis. Pequenas melhorias constantes no processo de decisão acumulam-se e geram resultados significativos ao longo do tempo. Em suma, negócios inovadores são construídos por pessoas que aprendem com os erros, desafiam o conformismo e buscam clareza em suas decisões. São esses empreendedores que, ao transformar ideias visionárias em realidade, impulsionam a economia, inspiram mudanças culturais e contribuem para um futuro mais sustentável e competitivo.
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